"Vens cá, homens "

Por quê ris de mim ?

Algo não vens a calhar

A este cruel seu fim.

Siga em frente, seja forte

Abusaste no jogo e da sorte

Agora acabou...

Lhe presenteio à fiel rosa da morte."

Agora acabou...

l.Pietro

Pequeno trecho de " O Contexto"

Contrariando o inteligível “Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades teria ouvido verdades em que ouso dizer brincando” Agora a cá nada resta Somente esta caneta falha, esta janela e este vento frio. Que congela! Eu sei que nunca fui perfeito Capaz de preencher seus erros. E olha, que não são muitos. Mas quem acreditaria nas palavras de um mudo? A paz é inspirada, E lançada na atmosfera. Talvez assim alcance aquela estrela. Que um dia te prometi, ___________________[e adiantar este medo que ainda esta por vir. Eu sempre fui muito louco para a sua realidade, Ou você muito real para a minha insanidade. Quem falo que opostos se atraem! Não conhecia o martírio dessa cidade. Com encontros e desencontros, Perdida em cada esquina. Seria essa a minha sina? Eu aqui embaixo e você ai em cima? E como um mímico, vou levando. Sem palavras, e tudo em preto e branco. Inventando coisas, acreditando. Criando problemas irreais. Realidades tridimensionais. Invisível para o homem padrão. Como que não? Não foi ele quem disse, que a cabeça vinha acima do coração? Melhor trocar a faixa. Dessa vida sem graça. E partir para o infinito. Desacreditando o impossível, Contrariando o inteligível.

l.Pietro

Rosa Hiroshima

Foi desse jeito, foi simples, foi facil.

No fundo dos olhos, tao fundo como espaço.

Tao penetrante, Sua cor que instiga.

Aroma inconfudivel, cruel e castiga.

Me lança em espaços insensatos sem rumo.

Aquele que nela se fere,

A chama, inofensiva !

Até sentir na pele o poder da Hiroshima.

Falar-te-ei um pouco da vida

Simplória e complexa.

Que como um fache de luz

Passou tão depressa.

luz infinita, que iluminou toda casa.

Habitat natural, revelando sua graça.

Mostrando a vida como um grande rascunho,

Ou se nao um amanha sem futuro.

Porque se todo amanha um dia sera hoje,

O que sera de amanha depois desse nascer de sol.

Um dia frio

Um bom lugar

pra ler um livro

E o pensamento lá em você,

Eu sem você não vivo**

Senti algo na hora,

Que me dividira como prosa.

Já nao mais soara inofensiva.

A devastadora rosa hiroshima.

Um dia triste

Toda fragilidade incide

E o pensamento lá em você,

E tudo me divide.**

l.Pietro

(* Trechos retirados da música NEM UM DIA- DJAVAN)

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"Quando a bomba veio vi um clarão amarelo e fiquei rodeada pela escuridão. Um edifício de madeira com dois andares que era a minha casa com oito quartos ficou feito em pedaços e cobriu-me. Quando vim a mim estava tudo negro como breu à minha volta. Tentei levantar-me mas tinha uma perna partida. Tentei falar mas vi que tinha partido seis dentes. Quando reparei que tinha a cara e as costas queimadas, que tinha um corte que ia do ombro até à cintura, rastejei até à margem do rio e quando lá cheguei vi centenas de corpos a boiar. Foi aí que percebi, chocada, que tinham atingido toda a cidade de Hiroshima. Encontrei uma fila infindável de refugiados todos sem qualquer peça de roupa no corpo e a pele da cara, dos braços e do peito fora arrancada e estava pendurada e, contudo, eles não tinham qualquer expressão. Fugiam em silêncio profundo. Achei que era uma procissão de fantasmas.

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Relatos de sobreviventes

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Vimos uma nuvem a subir. (...) Estávamos a 33 mil pés e a nuvem estava lá e continuava a subir em ebulição, como se estivesse a rolar e a ferver. A superfície não passava de um ponto negro em ebulição. A única comparação possível é com um barril de alcatrão. Era isso o que parecia. Onde antes estava uma cidade com casas, prédios e tudo o que se via àquela altitude, agora só se viam destroços pretos e em ebulição lá em baixo.

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Paul Tibbets

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Lembro-me de uma frase das escrituras hindus, o Bhagavad Gita. Vishnu está a tentar persuadir o príncipe a fazer o seu dever e para o impressionar assume a sua forma com vários braços e diz: “agora sou a morte, a destruidora dos mundos.” .

Robert Oppenheimer

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Um sobrevivente, deste amor incendiavel, devastador, que chamariam de loucura.

Foi tudo tão rapido... Um dia triste tod......

l.pietro

Uma

maquina de sonhos

me trouxe uma lembrança

do tempo que eu ainda era criança.

Ah, os sonhos.

Tempos de pipa, pião e bola

tempo de beijos, cochichos na escola.

Ah, os sonhos.

Tempos de criança, consolos.

Tempos de sonhos de crianças

que não havia o que fazer.

problemas só no anoitecer

Quando as cobertas, pesadelos pareciam conter.

Tempos passam,

voa e apagam

como o lixo de sacolas

foi-se o tempo de escola.

Tornou-se um adulto responsável,

que esqueceu a infância,

destruiu sua esperança.

Ah que sonho lamentável.

Esqueceu o eu-lírico do poema

que era sua vida.

tornou-se do sistema um esquema,

marionete apodrecida.

Sem linhas nem dedos

sem sonhos, e medos.

Como um quadro sem tinta

um maníaco suicida.

Esqueceu o sentido de viver.

Sem razão, o corpo à padecer.

Escreveu uma biografia

quando percebeu, que a morte lhe sorria.

E assim me perdeu nas palavras,

me esqueceu em alguma estrada

e tornou sua partida,

ao novo sonhos sem vida.

De manhã a manifestaçao ecoa, de tarde o sangue escorre e a noite cai a chuva. Foi assim, um dia de luta. Na manhã os gritos eram dados a tarde berros escancarados e a noite o silêncio se expande e a chuva vem para limpar o sangue. Foi assim a manifestaçao "Pacifica" realizada em meio a Paulista. Até a hora dos mascaras da morte, A conhecida Tropa de Choque. Tiros que cortam barulho, fumaça. Crianças que choram em meio a desgraça. Os radicais se revoltam, mesmo! Dando pedradas a esmo. Correndo contra a sorte. Contra bombas e balas, a favor da morte. E gritam "Paz, Justiça e Liberdade". Por um povo que na verdade não quer saber de igualdade e aceitam a infelicidade. Jovens, velhos crianças Nas ruas eles cantam. Todos por um ideal, e contra o imperador do mal. "Não queremos ALCA, BUSH, FMI Queremos o fim disso aqui o fim do financiamento, e estar na folha de pagamento." Outra bomba explode. O medo nos acode. Esta na hora de correr. Ficar, Lutar ou morrer. Mais a luta não acabou, e DEUS nos perdoô, mandou a chuva para limpar e esperança nos dar. Para o dia de amanha, que lhe assentiu. A cabeça estender e ao luto se render Pois Hoje morreu a democracia do Brasil. Sem mais descaso... ................................Foi o dia 8 de março

Me dê à mão momentos rasos de reflexão, se jogue em meus braços, ouvir seus risos lassos. Arder-me em cansaço mas que seja ao seu lado. Em noites negras de pouca visão, uma conjunta solidão, de amores breves curtos caminhos segue. Ao seu lado até o fim Porém, ai de mim! Em ti me confiar, de ti esperar, Apaixonar Olhos rubros negros de roubos desejos. Incendiáveis, Amores instáveis Só duram uma noite, pequenos amores. Que não sei até quando, nem por onde Só sei que me aceita depois me rejeita. Peço só me doe este momento para que adormeça em seu colo, espere meu sono longo E parta! Como faz meu coração.

l.Pietro

Politica do pao e circo, a nossa politica.

As três cores representam. Oque na verdade nao sustentam, no país que lhe apresentam. Com o rei do futebol praia, mulher e sol. Mais eu discordo plenamente! Do paraíso sem nota fiscal, ei de ouvir atentamente, A promessa que mente do palanque a prisao, Esta na hora da intervenção. O país esta em recesso! O que na bandeira vem escrito "Desordem e Regresso" Ó saudoso presidente, me diz oque sente, nas horas de dormir FOME, INJUSTIÇA, REPRESSÃO? Ou apenas indigestao? Do jantar pago com o dinheiro do bolso, do bolso do povo. Seja elite ou de canto, chines, japones, africano de cor clara ou mestiça Seremos nós a justiça. A justiça do homem cão Que odeia sem justificação. Desde a crucificação de deus pai jesus seu irmao. E se eu morrer vem outro em meu lugar! com sede de justiça e fome de igualdade. Um ideal, pronto para morrer ou lutar. E assim garantir nossa liberdade. De um país que um dia teve sorte, e gritaram "independencia ou morte" Mas seria banal acreditar no sucesso das palavras "Ordem e Progresso"

l.Pietro

Quem falo que o tempo traz a razao, não sabia que acabava a meia noite.

Um poema de amor. Com uns versos de saudade. Denuncio-lhe minha dor. A espera da verdade. Vejo que a mesma não vem. Ou talvez já tenha passado, Esperei por esse trem, Que não veio no horário marcado. Talvez foi o tempo que não tenho dado. Talvez a razão que não foi criticado. Mas sei que no momento certo. Nada estará errado. O meu choro, O seu consolo. As minhas lagrimas no seu ombro. Esse amor que não passa. Que dissolve e vira lagrima. Escorre pelos olhos. Que me fere, me mata. Quem sabe o sábio estivesse certo! Não existe amor que não me doa. Só existe esse tal amor secreto, Que amadurece, cria asa e voa. Amor secreto deixe-me só. Ao menos uma noite. Para que suas cicatrizes se desmanchem Apaguem e virem pó. Assim como faz aos meus sentimentos. Estes. Tão relutantes... l.Pietro

O que voce guarda no seu album de recordaçoes?

ALBUM SEM RECORDAÇOES Existem coisas na vida que nao podemos explicar, nao podemos tocar, ver, ouvir. Apenas sentir. Essas sensações vem de longos tempos, dos tempos dos poetas, dos criadores do mundo. Sentimentos de extrema sinceridade, que partem do coraçao ultrapassando a razão. Como o AMOR. Como a amizade, inexplicavel. E dao a sensação como se conhecessem à vidas, de sangues. Quando na presença da aquela vontade de gritar de felicidade, como se o mundo inteiro nao tivesse importancia diante da grandeza da nossa união. Encontramos em cada pessoa, seja ela diferente ou não, um pouco de nós. Mas em um mundo de rosas também a espinhos. Existe sentimentos que doem. A dor da perda, da angustia da saudade. O terror do sexismo de nós sobre nós mesmos. Causando dores enquanto aguardamos a puniçao. A puniçao de nao preservamos o que nao é nosso. Nao guardarmos o mundo para os proximos. Mas ainda sim permanecemos estagnados diante a imensidao da galaxia, relevando o ego dos homens. Quando nao percebem que sao meros humanos. Ainda assim acredito em meus sentimentos, meus amores, meus amigos, meus vestigios de um porque. Ainda sim vivo. l.Pietro

Babilonia Ou agente engole ela, Ou é ela que nos engole.

Bem Vindo a Babilonia

Bem vindo a Babilonia

Onde o barulho de carros

São confundidos com ondas

Onde o canto do passaro engaiolado, e de certo comprado

É Confundido com a liberdade.

Bem vindo a Babilonia

Onde o ser humano tem preço.

Onde pessoas não se olham por puro receio

e dizem que a natureza é um meio

de se olhar para tras.

Bem vindo a Babilonia

Aqui os galhos são secos

O amor se perde em becos

E a humanidade esquece

Que um dia tudo desaparece.

L. Pietro

"Sou do tempo que atrizes tinham alma Sou do tempo que ladroes eram elegantes Sou do tempo em que canalhas tambem choravam Ah que tempo bom, que nao volta mais"