As palavras ditas se perdem ao vento,

As palavras escritas se marcam no tempo.

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Rosa Hiroshima
Foi desse jeito, foi simples, foi facil.
No fundo dos olhos, tao fundo como espaço.
Tao penetrante, Sua cor que instiga.
Aroma inconfudivel, cruel e castiga.
Me lança em espaços insensatos sem rumo.
Aquele que nela se fere,
A chama, inofensiva !
Até sentir na pele o poder da Hiroshima.
Falar-te-ei um pouco da vida
Simplória e complexa.
Que como um fache de luz
Passou tão depressa.
luz infinita, que iluminou toda casa.
Habitat natural, revelando sua graça.
Mostrando a vida como um grande rascunho,
Ou se nao um amanha sem futuro.
Porque se todo amanha um dia sera hoje,
O que sera de amanha depois desse nascer de sol.
Um dia frio
Um bom lugar
pra ler um livro
E o pensamento lá em você,
Eu sem você não vivo**
Senti algo na hora,
Que me dividira como prosa.
Já nao mais soara inofensiva.
A devastadora rosa hiroshima.
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você,
E tudo me divide.**
l.Pietro
(* Trechos retirados da música NEM UM DIA- DJAVAN)
.
"Quando a bomba veio vi um clarão amarelo e fiquei rodeada pela escuridão. Um edifício de madeira com dois andares que era a minha casa com oito quartos ficou feito em pedaços e cobriu-me. Quando vim a mim estava tudo negro como breu à minha volta. Tentei levantar-me mas tinha uma perna partida. Tentei falar mas vi que tinha partido seis dentes. Quando reparei que tinha a cara e as costas queimadas, que tinha um corte que ia do ombro até à cintura, rastejei até à margem do rio e quando lá cheguei vi centenas de corpos a boiar. Foi aí que percebi, chocada, que tinham atingido toda a cidade de Hiroshima. Encontrei uma fila infindável de refugiados todos sem qualquer peça de roupa no corpo e a pele da cara, dos braços e do peito fora arrancada e estava pendurada e, contudo, eles não tinham qualquer expressão. Fugiam em silêncio profundo. Achei que era uma procissão de fantasmas.
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Relatos de sobreviventes
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Vimos uma nuvem a subir. (...) Estávamos a 33 mil pés e a nuvem estava lá e continuava a subir em ebulição, como se estivesse a rolar e a ferver. A superfície não passava de um ponto negro em ebulição. A única comparação possível é com um barril de alcatrão. Era isso o que parecia. Onde antes estava uma cidade com casas, prédios e tudo o que se via àquela altitude, agora só se viam destroços pretos e em ebulição lá em baixo.
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Paul Tibbets
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Lembro-me de uma frase das escrituras hindus, o Bhagavad Gita. Vishnu está a tentar persuadir o príncipe a fazer o seu dever e para o impressionar assume a sua forma com vários braços e diz: “agora sou a morte, a destruidora dos mundos.” .
Robert Oppenheimer

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Um sobrevivente, deste amor incendiavel, devastador, que chamariam de loucura.
Foi tudo tão rapido... Um dia triste tod......

l.pietro

5 comentários:

Unknown disse...

É tudo tão real pra mim... você escreve coisas que me fazem bem por mais que façam um mal ao mundo sem igual. Mas me faz bem ver que existem pessoas que pensam dessa forma bonita de pensar. Se importam com o que realmente importa. Fico assustada com a falta de consciência do mundo. Mas muitas vezes me tranquilizo em saber que pessoas, assim como você, tem tanto o que falar. E só coisas produtivas e saudáveis aos ouvidos!
parabéns pipsss, continue SEMPRE!

beijos e beijos!

Anônimo disse...
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Tatiana C. Mendes disse...

Selo para você aqui...
http://imponderavelmente.blogspot.com/2007/11/um-despertar-em-meio-lembranas.html.

Um abraço!
Tatiana

Anônimo disse...

Anonimo nao se indentifica porque?
Vanessa?

Vc foi ridicula, e mereceu e merece tudo que acontece com voce.
Acontece por motivos como esse. De ser baixa como sempre foi.

Anônimo disse...
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